quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mais pobres em Sintra


"A Santa Casa da Misericórdia de Sintra decidiu alargar o horário de atendimento à população para poder dar resposta às famílias carenciadas do concelho que não se querem mostrar.

Em declarações à Agência Lusa, Lacerda Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sintra, refere que a “pobreza envergonhada” tem alastrado no concelho de Sintra e para fazer face a esta realidade a instituição criou mesmo um projecto de emergência social para dar uma resposta mais rápida e menos burocrática a situações de verdadeira urgência. Caso uma pessoa necessite de um lugar para dormir, de uma refeição, ou mesmo de tomar um banho, dirige-se à Santa Casa e na hora tentam resolver o problema. No entanto, existem situações que requerem um acompanhamento mais prolongado e aí, muitas vezes, recorre-se às autarquias locais, como explica Manuel do Cabo, presidente da Junta de Freguesia de Algueirão – Mem Martins, “todos os dias temos aqui pessoas desempregadas que não conseguem pagar as suas contas e que não têm dinheiro para se alimentar e para alimentar os filhos”. É uma situação difícil de controlar e por mais que as juntas queiram, também não é fácil prolongar a ajuda “a resposta que damos é para um dia ou dois”, declarou o presidente ao mesmo órgão de comunicação social, acrescentando que muitas vezes “arranjo um saco com mercearias mas isso não resolve o problema”, lamentou."







Este é um assunto que para muitas instituições já tem barbas e que infelizmente em tempo de eleições se fala nele, mas...... depois cai no esquecimento.

É certo que as juntas não conseguem resolver, mas podem sinalizar e encaminhar para os locais certos. O tal "saco de mercearias" é uma gota no oceano, mas já é um principio, pequeno.

Aqui fala-se na "pobreza envergonhada" por parte das famílias desempregadas. E então os nossos idosos com reformas de 200€, onde mais de 50% fica na farmácia?

Ainda bem que a Santa Casa da Misericórdia trouxe este assunto a lume. Tenho esperança que a partir daqui se inicie um processo de verdadeiro APOIO SOCIAL, depois de na campanha tanto se ter falado e de o Prof. Fernando Seara, Presidente da CMS ter afirmado no seu discurso de tomada de posse (...)mas para além destes compromissos, “é neste preciso momento que como presidente da Câmara de Sintra assumo que o meu primeiro desígnio é defender, até ao limite das minhas forças, os mais fracos, os mais vulneráveis, os mais débeis, das consequências sociais que a crise que aí está irá ainda comportar”, frisou Seara, que terminou afirmando que “Sou um homem de esperança; acredito nos meus concidadãos; acredito que todos seremos capazes de resistir ao amanhã e projectarmos Sintra num futuro diferente e melhor”.