sábado, 3 de maio de 2008

A área social


“A acção social, em termos institucionais, tem com objectivos fundamentais a prevenção e reparação de situações de carência e desigualdade socioeconómica, de dependência, de disfunção, exclusão ou vulnerabilidades sociais, bem como a integração e promoção comunitárias das pessoas e o desenvolvimento das respectivas capacidades (ww.seg-social.pt).
Deste modo, a acção social tem como função dar resposta aos segmentos da população susceptíveis de situações de maior vulnerabilidade, nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos, bem como outros grupos marginalizados em risco social ou marginalizados em consequência da desagregação das estruturas sociais.
Ora, uma das respostas da acção social tem por Objectivo garantir o acesso desses grupos mais vulneráveis a uma rede nacional de serviços e de equipamentos sociais, sendo este precisamente o campo de actuação privilegiado do técnico de acção social (Práticas de Acção Social-12º Ano).”

Pudemos então observar que a área do social é realmente muito vasta e com muitas vertentes, embora um pouco complicada.É uma área onde é impossível trabalhar sozinho, os parceiros são fundamentais.

Por vezes é difícil, nos tempos que correm levar as pessoas a dar um pouco de si, do seu tempo em prol de outros.
Quem quer trabalhar nesta área tens de estar muito consciente que é mesmo isso que quer, tem de estar preparado para as diversas contrariedades que muitas vezes surgem e muito importante saber trabalhar em grupo. Por vezes é dar um passo para a frente e dois para trás.
Depois de feita esta análise, fico um pouco admirada quando observo que os partidos políticos dão pouca importância a esta área. Isto é, quando procuram elementos para concorrer nas autárquicas o que pretendem é formar uma lista com aquelas pessoas que normalmente se entendem e deixam de lado as questões do bem estar das populações que os elegem, quando no fundo o que deveriam procurar era pessoas que pudessem trabalhar em determinada área, sem qualquer pudor. Tal como num restaurante não pudemos colocar um empregado de mesa a confeccionar refeições, ou num jardim alguém sem os mínimos conhecimentos de jardinagem, também num executivo de uma Câmara Municipal ou Junta de Freguesia não devem ser colocadas pessoas sem formação nas áreas que lhes querem distribuir, deveria ser feita uma distribuição dos pelouros em função da experiência de cada um.
Esquecendo por agora as outras áreas e focando a nossa atenção na Acção Social,(que por agora é a que melhor conheço), nesta área a pessoa responsável pelo pelouro deveria ser alguém com conhecimento da matéria, sensível ao tema e acima de tudo com alguma disponibilidade para trabalhar convenientemente esta matéria.
O que vemos na maior parte das autarquias é que os pelouros são escolhidos aleatoriamente, o que é preciso é preencher aquele pelouro, não interesse se é conhecedor ou não da matéria, até porque por norma existe um técnico superior de acção social que fará o trabalho. Mas quem faz a ponte entre este técnico e o executivo? Certamente será o vereador do pelouro. E então, não devem trabalhar em equipa?Falar a mesma linguagem?
É claro que sim, por isso atrevo-me a dizer que a pessoa escolhida deve ter tempo disponível e perfil adequado à função que vai exercer. Só assim esta ou qualquer outra área poderam ter sucesso. Não se deve aceitar determinados cargos só porque podem levar à “fama”, devemos analisar se temos capacidade para cumprir com os objectivos que a função exige.

Lanço assim, um desafio aos lideres partidários: sensibilizem os vossos militantes para esta questão, e ao formarem listas procurem as pessoas certas para os lugares certos, concerteza os indivíduos trabalham com maior prazer e entrega quando fazem algo para o qual estão vocacionados.

3 comentários:

Anônimo disse...

APOIADÍIIIIIIIIIIIIIIISSIMA!...boa malha Paula!Imaginem a quem serve a carapuça!

Silvestre disse...

Exactamente Paula. Esta tua postagem é oportuníssima. É a tal questão da competência/imcompetência para desempenhar determinada função.

Tu conheces bem a situação no (nosso) terreno e, melhor que ninguém, consegues pôr todos os pontos nos "is".

Sil Félix

Anônimo disse...

É isso Paula, por este país fora assistimos a muito disto.Pessoas que aceitam os pelouros que o partido lhes dá, sem fazer a minima ideia do tipo de trabalho a realizar, e então em áreas como esta que implicam gande conhecimento da população os buraços são ainda maiores. É certo que estão lá os técnicos que vão passando de executivo em executivo(porque são funcionários)e conhecem as carências e dificuldades daqueles que habitam na sua área geográfica de trabalho, mas só isto não é suficiente,deve haver um maior empenhamento.