quarta-feira, 31 de dezembro de 2008


Que o ano de 2009 traga muita Paz, Solidariedade e acima de tudo muita Saúde.

Que cada português e governantes olhem para a Causa Social com "olhos de ver".


BOM ANO 2009

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Declaração dos Direitos dos Idosos


A Declaração dos Direitos dos Idosos comtempla vários direitos e reclamações:



1 - A pessoa idosa tem direito à existência física


  • A segurança física e a salvaguarda em tempo de guerra, como em tempo de paz e especialmente em caso de catástrofes sociais ou naturais;

  • A conservação da sua saúde mediante assistência apropriada de instalações adaptadas, de higiene, de cuidados e assistência geriátrica;

  • O direito a uma vida normal com possibilidades de manter o contacto com a Natureza.

2 - A pessoa idosa tem direito à assistência económica



  • A uma pensão de reforma que ultrapasse o minimo vital e possibilite a participação na vida social e cultural;

  • Uma habitação decente e adaptada às mnecessidades da velhice;

  • A possibilidade de realizar um trabalho produtivo e de exercer uma actividade útil.

3 - A pessoa idosa tem direito a assistência social



  • A possibilidade de se relacionar com os outros de modo a evitar o isolamento;

  • Relações de simpatia com os outros grupos da sociedade, medidas de protecção por parte das autoridades, sem discriminação de raça, de classe ou de credo e seja qual for o seu estado de saúde fìsica e mental;

  • Uma representação politica eficaz, a possibilidade para colaborar com instituições democráticas e de participar na elaboração das leis.

4 - A pessoa idosa tem direito à existência cultural



  • O livre acesso à formação cultural assim como às possibilidades de aperfeiçoamento;

  • O livre acesso aos meios de informação e divulgação de noticias;

  • a faculdade de exercer uma actividade cultural criadora e a possibilidade de transmitir às gerações seguintes a sua experiência e os seus talentos.

5 - A pessoa idosa tem direito a dispôr de si próprio



  • O direito de não exercer tarefas que exijam esforço físico ou intelectual;

  • A liberdade de formar a sua própria opinião e de a exprimir;

  • A liberdade de ter a sua própria concepção do mundo e de poder organizar a sua vida espiritual.

(Adoptada pelos representantes da Associação Internacional dos Cidadãos Idosos e pela Federação Europeia das Pessoas Idosas)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Pobreza em Portugal


Hoje, ao folhear o Jornal de Sintra encontrei a seguinte noticia, no mínimo interessante:


"Estado considera-a como violação dos Direitos Humanos.

A partir do passado dia 4 de Julho, a pobreza é considerada pelo Estado português como uma violação de direitos humanos. Assim foi entendido e consagrado em Resolução aprovada pela Assembleia da Republica.
A resolução surge na sequência do debate em plenário de uma petição apresentada à Assembleia da Republica, pela Comissão Nacional Justiça e Paz, em nome de cerca de 123 000 pessoas e de várias organizações que a subscreveram. Trata-se de uma declaração pública com força deliberativa que merece ser posta em prática não só pelos poderes públicos como pelas várias instâncias da sociedade civil.
Além do reconhecimento da pobreza como uma violação dos direitos humanos, a resolução visa ainda a fixação de um limiar de pobreza, em função do nível de rendimento nacional e das condições de vida padrão na nossa sociedade, o qual deverá ser tido em conta na definição das politicas públicas, nomeadamente na determinação das prestações sociais.
Podemos afirmar que com esta resolução a classe politica portuguesa, aprovou o documento por unanimidade, se aproxima das sociedades democráticas europeias com uma longa tradição de Segurança Social e de justa redistribuição da riqueza. Oxalá esta resolução implique uma verdadeira transformação social para eliminar de uma vez para sempre da nossa sociedade a chaga da pobreza."

Fonte: Jornal de Sintra edição de 5 de Setembro 2008



A Declaração Universal dos Direitos Humanos, diz o seguinte:

ARTIGO 1.º
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

ARTIGO 22.º
Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.

ARTIGO 25.º
Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.


Fonte: Diário da Republica electrónico


Esta carta foi adoptada e proclamada pela Assembleia Geral na sua Resolução 217A (III) de 10 de Dezembro de 1948.

e
Publicada no Diário da República, I Série A, n.º 57/78, de 9 de Março de 1978, mediante aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros.


60 anos depois, alguém se interessa por esta matéria. Oxalá comecem agora a interpretar com rigor esta carta e a aplicar o que nela se exige, pois têm muito para decidir. Para resovel este problema até podem começar pelos vencimentos dos elementos do Estado, desta forma deixam mais nos cofres que podem reverter para a Segurança Social, para que por sua vez se possa ajudar quem mais precisa, que pelo andar da carruagem daqui a algum tempo será toda a população do país, exceptuando os milionários que estão cada vez mais ricos.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Conto Popular


"Em tempos que já lá vão, era costume nalgumas terras os filhos levarem os pais velhos, que já não podiam trabalhar, para um monte e deixarem-nos lá morrer de fome.

Ora uma vez um rapaz, segundo aquele costume, levou o pai às costas, pô-lo no monte e deu-lhe uma manta para ele se resguardar do frio até morrer. O velho disse para o filho:

- Trazes uma faca?

- Trago senhor; para que a quer?

- Olha, corta ao meio a manta que me dás e leva metade para te embrulhares quando o teu filho te trouxer para aqui.

O rapaz considerou, tomou outra vez o pai às costas e voltou com ele para casa.

Assim acabou aquele maldito costume."



Contos Populares



Mas o costume não acabou, apenas sofreu alterações.

Hoje não se levam os velhos para o monte, mas na maioria dos casos são abandonados "em depósitos para velhos", os chamados lares sem condições e que custam rios de dinheiro, ou ainda numa cama do hospital, onde nunca mais nunguém os vai buscar, acabando por ser encaminhados pelos serviços sociais para instituições.

Esta é uma altura do ano propícia e estes casos, quando se quer ir de férias descansado, inventa-se uma doença, leva-se o idoso a um hospital e por lá se vai mantendo. Não é mau quando as informações de contacto são correctas, o pior é quando o nº de telefone não existe e a morada é falsa. Depois quande as férias acabam nem sequer existe memória que falta alguém na familia.

Na maioria dos casos o idoso não e encontra em condições para dar uma resposta idêntica ao so senhor do conto.

Não quero com isto, de forma nenhuma mostrar-me contra os lares ou instutuições que recebem idosos. Elas fazem falta, na medida em que nos tempos de hoje é dificil um filho deixar o emprego para tratar do pai/mãe.

São como se de uma escola se tratasse. Se temos fihos vamos trabalhar e deixamos os filhos aos cuidados de profissionais especializados, profissionais em quem confiamos.

O mesmo acontece com um familiar idoso ao nosso cuidado, infelizmente as reformas são tão baixas que não permitem que tomemos conta deles a 100%, por isso é obrigação do estado dotar o país de infraestruturas capazes, profissionais especializados e sensiveis à população alvo de intervenção(Idosos), onde estes cidadãos possas ser acolhidos parcialmente ou até internos com todas as condições a uma vida digna.

É nossa obrigação, enquanto membros da sociedade zelar também por eles e podemos fazê-lo denunciando lares e instituições ilegais e sem condições; denunciar maus tratos a idosos para que os culpados possam ser punidos, etc.

E se por acaso no lugar em que vivemos não existem estruturas de apoio à terceira idade temos a obrigação de alertar as entidades competentes para esse facto e até propôr alternativas, fazendo "pressão" para que essa situação seja alterada em beneficio da comunidade em que estamos inseridos.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Mérito

O trabalho social, na maioria dos casos não é visto como prioritário, os apoios são quase sempre muito pequenos, obrigando a que quem tem amor a este tipo de trabalho o faça com dedicação, lutando muitas vezes contra atitudes menos dignas da comunidade.
Mas ver este trabalho reconhecido, por autarcas é um grande passo, é sinal que este tema começa a sensibilizar os cidadãos, é sinal que devemos seguir em frente e nunca desistir de ajudar quem mais precisa.
PRARABÉNS Irmã Maria Clata Outeiro.
Nunca desista, por mais dificil que seja sempre encontrará uma solução

"A Irmã Maria Clara Outeiro, da Obra Imaculada Conceição e Santo António, vai ser condecorada pela Câmara Municipal de Sintra com a Medalha de Mérito Municipal – Grau de Ouro. A cerimónia decorre em Dona Maria, freguesia de Belas, no próximo dia 12 de Julho, pelas 12h00.

A Medalha de Mérito Municipal destina-se a galardoar pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras que, por serviços prestados ao concelho, sejam dignas de reconhecimento e apreço.
É neste sentido, que a autarquia decidiu atribuir o primeiro grau da referida medalha à Irmã Maria Clara Outeiro pelo relevante papel social que desempenha no município de Sintra e na Obra Imaculada Conceição e Santo António- Lar das Meninas, em Dona Maria, instituição que desenvolve actividades de solidariedade social, nomeadamente no apoio e protecção a crtianças desfavorecidas, abandonadas e vitimas de maus tratos."
Fonte: site CMS

terça-feira, 3 de junho de 2008

Apelo Urgente.............

Hoje vou aproveitar o blogue para fazer um apelo.

A aéra da acção social é muito vasta e abrangente, o meu dia a dia é passado numa associação de idosos, com a valência de centro de convívio, mas o que se passa à nossa volta e na comunidade também assume grande importância na minha vida.
Sendo membro da Comissão Social da Freguesia de S. Pedro de Penaferrim tomo consciência dos inúmeros problemas e carências sociais existentes na freguesia e acreditem que são bastantes e alguns de dificil resolução.

Tal como já disse em postagens anteriores o trabalho de um técnico não é individual, implica parcerias, equipas multidisciplinares.
Estes parceiros não têm de ser obrigatóriamente entidades, podem e devem ser também particulares, com vontade de ajudar, dar algo de si em prol do bem estar de outrém, sem olhar a côr,etnia, religião ,etc. No fundo não aplicar rótulos.
Muito importante também é que as pessoas em questão desejem ser ajudadas, desejem mudar e aí devemos então dar-lhes um voto de confiança e acima de tudo a nossa mão amiga.

Desde Novembro de 2007 que em conjunto com a Técnica Superior de Acção Social da Junta de Freguesia de S. Pedro de Penaferrim, a Associação de Reformados da Abrunheira, alguns particulares (sócios e não só) e Urca, que tentamos trazer de volta à sociedade um jovem (22 anos).

Este jovem é um sem-abrigo, dorme numa casa em ruínas sem as mínimas condições, faz a sua higiene nas instalações da Urca, recebe bens do Banco Alimentar distribuido pela Junta de Freguesia. As refeições são confecionadas na associação com os bens recebidos.

Quando não temos qualidade de vida e nem apoio existe a tendência para nos aproximar-mos de quem nos ouve e nos recebe, mesmo que não seja a companhia ideal.

Tendemos a experimentar produtos e substâncias proibidas, caímos num vazio onde também por vezes a bebida é um escape.
Tudo o que de mau nos possa passar pela cabeça este jovem já viveu.

Neste momento aceitou acompanhamento médico e encontra-se em tratamento (fora de ambulatório), necessitando de todo o apoio possivel. Como será lógico de imaginar este apoio passará também por conseguir um espaço condigno para dormir, um lugar onde se sinta bem,um lugar que possa ser o seu refúgio, no fundo necessita de levantar a sua auto-estima, acreditar em si e também na sociedade, só desta forma o tratamento poderá ter sucesso.

O que venho aqui fazer é apelar para a boa vontade dos abrunhenses.
Se por acaso possui uma garagem, um quarto ou um pequeno anexo e pretende ajudar este jovem, faça-o.
Tenho a certeza que ele lhe ficará bastante grato.
Se sente que realmente pode ajudar entre em contacto comigo, pessoalmente ou através do mail deste blogue.

Já agora, não poderia terminar este apelo sem agradecer publicamente a todos quantos já fizeram ou fazem parte da equipa que tem ajudado este jovem.( Não menciono nomes porque todos sabem quem são e como têm sido importantes)


MUITO OBRIGADO a todos os que da forma possível têm contribuido para tornar os seus dias mais côr de rosa.


POR FAVOR NÃO ESQUEÇAM, este jovem necessita urgentemente de um espaço para dormir. Se puder ajude sem receios.


CONTO CONVOSCO

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sensiveis à Acção Social

Hoje, ao abrir o meu computador deparei-me com uma noticia extremamente interessante, que deveria ser lida por muita gente, para que muitos mais seguissem este óptimo exemplo de solidariedade( e não estamos no Natal).


Pizzaria oferece refeições aos mais desfavorecidos
“Queremos ver a vida das pessoas a mudar realmente”, confessa a dona do restaurante “Il Panzonne”.
A pizzaria lisboeta “Il Panzonne” oferece, todos os dias, refeições aos mais carenciados, local onde algumas pessoas já se habituaram a ir pedir comida, através do “passa a palavra”. Mas o restaurante não é o único sítio onde as refeições são oferecidas, cerca de 30 pizzas são também diariamente distribuídas aos sem-abrigo em várias zonas de Lisboa, por carrinhas de voluntários da Nóuni – uma associação para a Cooperação e Desenvolvimento que surgiu há dez anos com o objectivo inicial de “ajudar os filhos dos emigrantes PALOP em Portugal”, referiu à Lusa o vice-presidente da associação, Carlos Carvalho.
Pizzas e outras refeições saem diariamente da cozinha desta pizzaria, situada no centro comercial Via Veneto, em Lisboa, para alimentar pessoas carenciadas e sem-abrigo, uma situação que surgiu da colaboração do restaurante com a Nóuni.
Uma parceria que surgiu quando o presidente da Nóuni, Agostinho Amado Rodrigues, conheceu o casal Craveira, proprietário do restaurante, há três anos. “Nós não damos só pizzas. Cozinhamos qualquer prato, eles não podem comer sempre a mesma coisa”, disse Cândida Craveira à Lusa, que actualmente já integra o corpo de voluntários da Nóuni que distribui as pizzas por locais como Santa Apolónia, Praça do Comércio, Cais do Sodré, Rossio, Santos ou Anjos.
“Queremos ver a vida das pessoas a mudar realmente”, disse a dona do restaurante, que prefere “dar mil euros para um jantar para sem-abrigo”, como na consoada de Natal organizado em conjunto com a Nóuni, “em vez de dar uma viagem de finalistas” à sua filha. Esta atitude provém da sua infância: “quando tinha onze anos, o meu pai emigrou para os Estados Unidos e ajudou 85 famílias portuguesas a instalarem-se lá. Eu, muito nova, fazia de tradutora, procurava casas para eles, médicos, tudo”. “O que dás, volta para ti”, é o mote de Cândida Craveira.

Tenho pena que em Sintra não existam exemplos destes, pelo menos que sejam conhecidos. Também é certo que não haverão tantos sem abrigo como em Lisboa, mas certamente haverá imensas pessoas a passar dificuldades, para quem uma refeição faria toda a diferença.
Infelizmente esta questão ainda não está muito enraizada entre nós. As pessoas preocupam-se muito mais em criticar, aplicar rótulos e acreditar que já não existe solução para determinada pessoa. Se ela escolheu a rua porquê contrariar? Talvez no dia em que por qualquer motivo necessitem de ajuda e vejam as portas a fechar, entendam, como é importante uma mão amiga que nos dá apoio.

Aos proprietários do restaurante "IL PANZONNE" e à associação Nóuni, apenas possa dar os parabéns pela iniciativa e que nunca desistam. Como diz a Cândida Craveira "Queremos ver a vida das pessoas mudar realmente". "O que dás volta para ti"
Isto é realmente o mais importante e se eles estão "bem", nós certamente também estaremos.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Dia Internacional da Família


"A Assembleia Geral da ONU proclamou, pela Resolução n.º 47/237 de 20 de Setembro de 1993, o dia 15 de Maio como DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA, com o objectivo de chamar a atenção de todo o mundo, governos, responsáveis por políticas locais e famílias, para a importância da FAMÍLIA como núcleo vital da sociedade e para os seus direitos e responsabilidades.
O primeiro Dia Internacional da Família foi em 1994.
(...)

- Será que se tem valorizado a Família como a comunidade onde naturalmente se nasce, cresce e morre como pessoa ?

- Será que se tem valorizado a Família como a comunidade onde naturalmente se desenvolvem os laços afectivos, solidários e intergeracionais ?

- Será que se tem valorizado a Família como a comunidade onde naturalmente se vivem as virtudes humanas que os filhos apreendem pelo exemplo ?

Então, mãos à obra! Exerçamos, cada um, a cidadania !
(...)
Na Família dá-se e recebe-se ternura, carinho, apreço, segurança, generosidade, partilha, ... numa palavra: AMOR.

Mas..., antes de tudo, a FAMÍLIA é fonte de VIDA.

A Vida é condição prévia à existência de qualquer direito.

Portanto, o Direito à Vida deve ser defendido por todos.
(...)

A FAMÍLIA aberta à Vida é a maior riqueza. Os filhos representam o florescer da Família, são o elo de ligação entre o passado, o presente e o futuro e constituem a Esperança da Sociedade.
(...)


Este é um assunto para meditar. Será que cada um de nós tem realmente a noção do que é uma família? E a sociedade sabe?

Continuamos a assistir a casos de crianças que são retiradas às familias biológicas pele mais pequena coisa, entregues em instituições onde não são bem tratadas e depois entregues a uma familia ( adopção) que apenas quer ter um filho, sem se avaliar a 100% se são ou não pessoas capazes de receber no seu agregado familiar uma criança com problemas afectivos. Depois de entregue não se faz o devido acompanhamento(o Estado limpa daí as mãos). Anos mais tarde assistimos à infelicidade dessa criança que por qualquer motivo foi de novo abandonada, muitas vezes entregue a si própria.

Por outro lado, temos casos bem recentes de crianças que estão ao cuidado de famílias de acolhimento(pelas mais diversas razões), são felizes e bem tratadas, mas porque alguém se lembra ao fim de alguns anos que tem um filho, move uma acção judicial, depois vem um juíz que diz tudo fazer no "superior interesse da criança", mas que no fundo não leva isso em linha de conta, e dá a sua guarda ao pai ou mãe biológica. Será isto certo????????

Vale a pena cada um de nós pensar muito bem, a real noção de familia. Aproveitemos este dia e os outros que se seguem, para o fazer.
"A Criança tem o seu papel social firmemente cimentado.
A Carta Europeia dos Direitos da Criança[6] e a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança[7] obrigam os Estados signatários, a humanidade, a respeitar o menor como sujeito de um conjunto de direitos por forma a assegurar o seu normal, saudável e completo desenvolvimento, tanto ao nível físico como psíquico e intelectual.
Daí que a citada Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança de 1989, no seu artigo 8.º § 3. determina:"States Parties shall respect the right of the child who is separated from one or both parents to maintain personal relations and direct contact with both parents on a regular basis …"e o Parlamento Europeu[8] ao reconhecer "que a protecção da criança deve ser orientada de acordo com o interesse superior da criança, com os princípios da liberdade e da dignidade da mesma"

sábado, 10 de maio de 2008

Curso Tecnológico de Acção Social

O Curso Tecnológico de Acção Social tem por objectivo a formação de profissionais que, em colaboração com um técnico superior da área social e/ou integrados numa equipa multidisciplinar, irão interactuar com grupos de indivíduos, organizações, instituições e comunidades, tendo em vista a promoção de actividades de animação e apoio, bem como o seu desenvolvimento sociocultural.
Este curso habilita o aluno com um conjunto de saberes nos domínios da acção social, da saúde e do socorrismo, das expressões artísticas, da actividade lúdica e da comunicação, perspectivando-os como práticas culturais,

Saídas Profissionais
Com a qualificação obtida neste curso, o aluno poderá trabalhar em sectores como o da animação sociocultural e o do apoio social, e exercer as seguintes profissões:
técnico de animação sociocultural/animador sociocultural;
técnico de apoio social.

Referenciais de Emprego
As profissões integradas nos sectores de animação sociocultural e de apoio social podem ser exercidas em diferentes estruturas, nomeadamente: autarquias; associações desportivas, culturais e recreativas; associações juvenis; instituições de solidariedade social; lares de terceira idade; centros de dia; hospitais; empresas dedicadas à prestação de cuidados domiciliários (a idosos, crianças ou bebés) ou à animação de festas e de ambientes públicos; ginásios, pavilhões e parques desportivos; ateliers de ocupação de tempos livres; colónias de férias e escolas.
http://www.dgidc.min-edu.pt/orientacao/ofasocial2.asp

terça-feira, 6 de maio de 2008

Papel do Técnico de Acção Social


O papel de Técnico de Acção Social reside, sobretudo, em facilitar a relação dos utentes (grupos-alvo) com as diversas instituições e no seio da comunidade por forma a permitir o desenvolvimento pessoal e social desse mesmo utente, em consonância com a matriz da sua vida quotidiana.

Assim, o papel do Técnico de Acção Social possui dois vectores fundamentais: por um lado, um trabalho directo com as populações mais vulneráveis, consistindo num apoio pedagógico ao nível do indivíduo e/ou do grupo; por outro lado um trabalho ao nível da valorização e dinamização do relacionamento/articulação entre os diversos parceiros.

O trabalho deste técnico deverá ser supervisionado por Técnicos Superiores da Acção Social e/ou integrado numa equipa multidisciplinar.


Competências


Competências Essenciais
  • Gosto pelas relações pessoais;

  • Gosto pelo trabalho em equipa;

  • Capacidade de comunicação oral e escrita, utilizando com clareza a lingua materna em diversos contextos;

  • Capacidade de iniciativa, dinamismo e cooperação;

  • Utilização de saberes científico-tecnológicos já adquiridos para enquadrar a realidade natural e sociocultural, abordando problemas do quotidiano;

  • Capacidade de actualização permanente face às constantes mudanças sociais, culturais e tecnológicas;

  • Utilização de elementos básicos das tecnologias da informação e comunicação.

Competências a desenvolver

  • Interpretação de acontecimentos e situações de acordo com os respectivos quadros de referência históricos, sociais e geográficos;

  • Reconhecimento das necessidades e dos recursos existentes nas Instituições e/ou Comunidades;

  • Planificação, execução e avaliação de projectos de intervenção, em colaboração com outros técnicos;

  • Recolha, selecção, organização e tratamento da informação para esclarecimento de situações e resolução de problemas, segundo a sua natureza e tipo de suporte, nomeadamente o informático;

  • Desenvolvimento de uma metodologia perconalizada de aprendizagem e de trabalho.
Programa da disciplina de Práticas de Acção Social 10º Ano 2004/2005

sábado, 3 de maio de 2008

A área social


“A acção social, em termos institucionais, tem com objectivos fundamentais a prevenção e reparação de situações de carência e desigualdade socioeconómica, de dependência, de disfunção, exclusão ou vulnerabilidades sociais, bem como a integração e promoção comunitárias das pessoas e o desenvolvimento das respectivas capacidades (ww.seg-social.pt).
Deste modo, a acção social tem como função dar resposta aos segmentos da população susceptíveis de situações de maior vulnerabilidade, nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos, bem como outros grupos marginalizados em risco social ou marginalizados em consequência da desagregação das estruturas sociais.
Ora, uma das respostas da acção social tem por Objectivo garantir o acesso desses grupos mais vulneráveis a uma rede nacional de serviços e de equipamentos sociais, sendo este precisamente o campo de actuação privilegiado do técnico de acção social (Práticas de Acção Social-12º Ano).”

Pudemos então observar que a área do social é realmente muito vasta e com muitas vertentes, embora um pouco complicada.É uma área onde é impossível trabalhar sozinho, os parceiros são fundamentais.

Por vezes é difícil, nos tempos que correm levar as pessoas a dar um pouco de si, do seu tempo em prol de outros.
Quem quer trabalhar nesta área tens de estar muito consciente que é mesmo isso que quer, tem de estar preparado para as diversas contrariedades que muitas vezes surgem e muito importante saber trabalhar em grupo. Por vezes é dar um passo para a frente e dois para trás.
Depois de feita esta análise, fico um pouco admirada quando observo que os partidos políticos dão pouca importância a esta área. Isto é, quando procuram elementos para concorrer nas autárquicas o que pretendem é formar uma lista com aquelas pessoas que normalmente se entendem e deixam de lado as questões do bem estar das populações que os elegem, quando no fundo o que deveriam procurar era pessoas que pudessem trabalhar em determinada área, sem qualquer pudor. Tal como num restaurante não pudemos colocar um empregado de mesa a confeccionar refeições, ou num jardim alguém sem os mínimos conhecimentos de jardinagem, também num executivo de uma Câmara Municipal ou Junta de Freguesia não devem ser colocadas pessoas sem formação nas áreas que lhes querem distribuir, deveria ser feita uma distribuição dos pelouros em função da experiência de cada um.
Esquecendo por agora as outras áreas e focando a nossa atenção na Acção Social,(que por agora é a que melhor conheço), nesta área a pessoa responsável pelo pelouro deveria ser alguém com conhecimento da matéria, sensível ao tema e acima de tudo com alguma disponibilidade para trabalhar convenientemente esta matéria.
O que vemos na maior parte das autarquias é que os pelouros são escolhidos aleatoriamente, o que é preciso é preencher aquele pelouro, não interesse se é conhecedor ou não da matéria, até porque por norma existe um técnico superior de acção social que fará o trabalho. Mas quem faz a ponte entre este técnico e o executivo? Certamente será o vereador do pelouro. E então, não devem trabalhar em equipa?Falar a mesma linguagem?
É claro que sim, por isso atrevo-me a dizer que a pessoa escolhida deve ter tempo disponível e perfil adequado à função que vai exercer. Só assim esta ou qualquer outra área poderam ter sucesso. Não se deve aceitar determinados cargos só porque podem levar à “fama”, devemos analisar se temos capacidade para cumprir com os objectivos que a função exige.

Lanço assim, um desafio aos lideres partidários: sensibilizem os vossos militantes para esta questão, e ao formarem listas procurem as pessoas certas para os lugares certos, concerteza os indivíduos trabalham com maior prazer e entrega quando fazem algo para o qual estão vocacionados.

terça-feira, 29 de abril de 2008


Quando se fala em violência contra o idoso muitas pessoas pensam logo em espancamentos, torturas, privações e aprisionamento (que infelizmente são comuns), mas para além destas existem muitas outras situações de violência que são complexas, de difícil diagnóstico e prevenção.
Os agressores mais frequentes dos idosos são os seus cuidadores, muitas vezes, familiares próximos. Na grande maioria dos casos o agressor é o companheiro(a) ou os seus próprios filhos.
São variadíssimas as formas de violência a que o idoso dependente está sujeito: maus tratos e abusos físicos, maus tratos psicológicos, negligência por abandono, negligência medicamentosa ou de cuidados de saúde, abuso sexual, abuso material e financeiro, privação e violação de direitos humanos.
Os maus-tratos contra os idosos praticados pela família e pelos cuidadores são muitas vezes agravados pela falta de preparação, e pouca sensibilização para a velhice. Quanto maior for o índice de dependência do idoso e a precariedade social, mais provável é ocorrerem situações de maus-tratos. Quem conhece a realidade institucional não legalizada (e por vezes até algumas legalizadas) sabe que não são raras as situações em que se verifica um completo desrespeito pela dignidade do idoso mais dependente, sobretudo no que concerne à satisfação de necessidades fisiológicas básicas, cuidados primários de saúde e higiene e o tão essencial contacto humano.
O abandono, a desqualificação da sua personalidade e experiência, a infantilização, o atropelamento ao direito de ser ouvido, a negação de um espaço físico onde se possa sentir seguro, ou a interdição para a administração dos seus próprios bens, são formas comuns de violência contra os idosos. A super-protecção também pode ser uma forma dissimulada agredir, impedindo o idoso de fazer coisas para as quais tem condições plenas.
Algumas pessoas acreditam que providenciar tratamento e medicação adequados é suficiente para preservar a saúde e o bem-estar dos seus familiares mais velhos. Mas providenciar tratamento e medicação não chega. É preciso fazer mais e melhor! Não adianta tentar aliviar a consciência dando o melhor tratamento médico, quando se nega um carinho, uma visita ou um telefonema. O acompanhamento, a estimulação, o amor e a atenção oferecem ao idoso a oportunidade de ser útil a si mesmo e aos outros, de se divertir, aproveitar a vida, em suma, de viver.
É preciso mudar esta mentalidade voltada para a morte. Temos que transformá-la num maior investimento na melhoria da qualidade de vida do idoso, estimulando-lhe o prazer e a alegria em estar vivo.
O problema da violência contra os idosos é um problema de todos nós e não só dos idosos. A degradação da qualidade de vida dos idosos espelha as nossas falhas e a nossa fuga perante o envelhecimento. É necessário revalorizar o papel do idoso na vida social, familiar, económica e política, e criar oportunidades para que utilizem as suas capacidades em actividades que dignifiquem a sua existência. Respeitar a individualidade, não infantilizar, não os tratar como doentes ou incapazes, oferecer cuidados específicos para a sua faixa etária, preservar a sua independência e autonomia, ajudar a desenvolver aptidões, ter paciência com a lentificação do ritmo na realização das tarefas, trabalhar as suas perdas e os seus ganhos, promover a estimulação bio-psico-social. Isto, só é possível com o alargamento do espaço de intervenção social, o desenvolvimento de respostas especializadas e a formação continua de técnicos neste domínio

Mude a sua mentalidade!
- Sempre que olhar para uma pessoa idosa, tente pôr-se na pele dela. Perceba os constrangimentos inerentes à velhice
- Converse com as pessoas idosas. Não tenha medo. Elas não são de cristal.
- Não infantilize as pessoas mais velhas. Elas detestam quando o faz
- Não esteja permanentemente a confrontar a pessoa idosa com as suas dificuldades. Ninguém gosta disso!
- Se gosta verdadeiramente dos seus familiares idosos não os superproteja
- Respeite a individualidade e a personalidade de todas as pessoas, inclusivamente das pessoas mais velhas e seriamente doentes ou dependentes


http://www.psicronos.pt/

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Os idosos..........



Os idosos são pessoas ricas porque possuem anos de formação, de crescimento, de desenvolvimento e amadurecimento e têm por isso a possibilidade de perceber as próprias ilusões, aprofundar a compreensão, a compaixão, ampliar horizontes, reafinar o sentido de justiça (não regida por leis), mas a da igualdade e reciprocidade nas relações entre as pessoas.
Houve uma época em que o cidadão passava a vida inteira a trabalhar, e quando se reformava, tudo o que ele queria era descansar.


Passar o dia relaxando em casa, sem ter de cumprir obrigações ou seguir horários.

A palavra de ordem era descanso. Mas o que vem acontecendo ultimamente no segmento da terceira idade é uma sensível mudança de comportamento, de um reformado inerte e passivo para um cidadão mais actuante.

É um conceito que os profissionais de saúde costumam chamar de “envelhecimento activo”.
O envelhecimento activo é uma recomendação da ONU (Organização das Nações Unidas) para as políticas públicas relacionadas com envelhecimento. Ele prevê a optimização das oportunidades de saúde a fim de aumentar a qualidade de vida conforme as pessoas envelhecem.

Se envelhecer é natural, isso não implica que o idoso vá aceitar a queda na saúde e da qualidade de vida como uma coisa natural. “O idoso tem que ser visto como uma força activa para a nação, pois ele tem conhecimento para transmitir para outras gerações”.


Retirado da prova de Projecto tecnológico 12º (Paula Santos, Delfina Cosme e Ana Jesus)

domingo, 20 de abril de 2008

Envelhecer.....


Envelhecer significa dar um novo sentido à vida, ultrapassar um certo passado e continuar a viver.

É portanto necessário assegurar aos idosos uma “vida digna e independente” para que possam participar com os outros cidadãos na vida da comunidade com efectiva capacidade.

Segundo os Princípios das Nações Unidas, os idosos têm direito a:


·Independência – Acesso à satisfação das suas necessidades primárias, apoio das famílias e da comunidade para a sua própria auto-suficiência; Acesso a programas educativos e de formação adequados; Possibilidade de viver em ambientes seguros e adaptados às suas preferências pessoais e às suas capacidades; Possibilidade de residência no seu próprio domicilio durante o tempo que desejarem.
·Participação na sociedade – Integração na sociedade e participação activa na formulação e aplicação das políticas que respeitem o seu bem-estar e faculdade de partilha de conhecimentos com as gerações mais novas; Viabilidade na prestação de serviços à comunidade e de trabalho como voluntários; possibilidade de criação de movimentos e associações de idosos.
·Assistência – acesso aos cuidados de saúde que os ajudem a manter ou recuperar um bom nível de bem-estar físico, mental e emocional, assim como prevenir ou atrasar a doença; Acesso aos serviços sociais e jurídicos que lhes assegurem níveis de autonomia, de protecção e de cuidados adequados; Acesso a meios institucionais apropriados que lhes proporcionem protecção, reabilitação e estímulos sociais e mentais em ambiente humano e seguro.
· Auto-realização – Possibilidade de acesso a oportunidades de desenvolvimento das suas capacidades; Acesso aos recursos educativo, culturais, espirituais e recreativos da sociedade.
· Dignidade – Viver com dignidade, segurança e livre de explorações e de maus-tratos físicos e mentais; Receber tratamento digno, independentemente da sua idade, sexo, etnia ou diferenças económicas.

A Constituição da República declara no seu artigo 72º que:

1. As pessoas idosas têm direito à segurança económica e a condições de habitação e convívio familiar e comunitário que respeitem a sua autonomia pessoas e evitem e superem o isolamento ou a marginalização social.

2. A política da terceira idade engloba medidas de carácter económico, social e culturais tendentes a proporcionar às pessoas idosas oportunidades de realização pessoal através de uma participação activa na vida da comunidade.

terça-feira, 1 de abril de 2008

1º de Abril


"Há muitas explicações para o 1 de Abril se ter transformado no Dia da Mentira ou Dia dos Bobos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu em França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de Abril.
Em 1564, depois da adopção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de Janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de Abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fool's Day ou Dia dos Tolos, na Itália e na França ele é chamado respectivamente pesce d'aprile e poisson d'avril, o que significa literalmente "peixe de Abril".
No Brasil, o 1º de Abril começou a ser difundido em Pernambuco, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de Abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de Setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de Abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente."

Fonte: Wikipédia

Podem dizer tudo o que quiserem, pois para mim este é um dia muito especial, é o dia do meu nascimento e isto não foi mentira nenhuma.

É verdade!!! Este ano não preguei nenhuma partida.

Não faz mal, fica para o ano.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Palavra de Honra

Hoje, ao dar a minha voltinha pela net, descobri um texto extremamente interessante da autoria de oserrano.

"Palavra de honra que já tenho saudades dos tempos em que o simples uso desta expressão criava um vínculo tão forte de empenhamento, que chegava ao ponto de passar até como herança de valores de pais para filhos.
“- Senhor, dou-lhe a minha palavra…”
Era palavra dada, era uma obrigação perante a pessoa a quem “jurava a palavra”, mas também perante a sociedade. Constando-se pelas redondezes que determinada pessoa havia “faltado à palavra”, perdia toda a credibilidade.
“-….cuidado que esta pessoa não tem palavra!”, sussurrava-se logo e o faltoso nem sequer tinha quem lhe fiasse um copo de vinho. Sim, porque os tempos eram muito difíceis e o dinheiro faltava. Eram os longos Invernos que não permitiam trabalhar e sem trabalho não havia dinheiro. Era a grande procura de trabalho e a falta de oferta… Mas, em casa a família tinha que comer.
“- Ò sr. Francisco, precisava de levar mercearia… mas não tenho dinheiro para pagar!”
“- …ò homem, leva lá a mercearia e mata a fome à canalha. És uma pessoa de palavra, leva o que precisares da minha casa e quando ganhares, pagas.”
E não falhavam. Eram pessoas de palavra. Logo que conseguiam trabalho e ganhavam uns tostões, a primeira coisa que faziam era ir à mercearia pagar as dívidas.
E, se sobrasse dinheiro, ia à tasca ali ao lado para poder pagar um copo a um amigo. Bebia o copo, poderia pagar mais outro, mas acima de tudo e, à sua maneira, estava a festejar consigo próprio e a mostrar à sociedade que era uma pessoa de bem, que tinha pago as dívidas e portanto podia circular pela rua com a “cara descoberta”. Dizia-se então: “pobrete mas alegrete”.
Sempre foi ambição de qualquer pai deixar alguma “coisa” aos filhos, quando morresse. Pelo menos, algo mais do que havia herdado e por isso, se eventualmente o vizinho ao lado das suas terras tivesse que vender umas jeiras, por dificuldades ou impossibilidade de as trabalhar, lá ia o velho pai falar com o vizinho.
“-… ò Ti Júlio, eu bem que gostaria de comprar as suas leiras que partem com as minhas para deixar aos meus filhos…”
“-…então, é uma questão de conversarmos”.
“-…pois é, mas a vida agora está um pouco difícil…Se ao menos eu pudesse ir-lhe pagando aos poucos… Dou-lhe “ a minha palavra de honra” que tudo será pago.
Aquela ”palavra de honra” valia mais que uma escritura. No fim da conversa, apertavam as mãos para selar o compromisso. Poderia o pai morrer descansado que os seus filhos, ao herdarem mais um pedaço de terra, sabiam que tinham a obrigação de pagar o resto da dívida para honrar a “palavra ” que fora empenhada e abrangia toda a família.
Eram outros tempos, outras mentalidades.
Este compromisso, valia para as pessoas envolvidas mas também para a comunidade local. Toda a gente sabia e respeitava aquilo que fora acordado entre ambas as partes.
Mas a verdade, é que muitos problemas se originaram desta maneira de estar na vida!
Posteriormente, quando os organismos oficiais procuraram fazer registos de propriedade, os herdeiros ou novos proprietários, não tinham outros comprovativos que, mais uma vez, não fosse a sua palavra. Nada havia registado em Notariado ou Secção de Finanças!
A “palavra de honra” , para o caso, já não valia. Eram precisas provas de facto.
Tantos problemas que isso originou!
Muita gente “governou” vida! Muita gente foi prejudicada.
Sempre houve “Chicos espertos”…
Tenho saudades dos tempos antigos.
Não da pobreza, da miséria e falta de cultura, mas sim das pessoas que ao darem “ a palavra de honra”, se sabia que cumpririam, custasse o que custasse.
Inspirou-me este texto a visita de um Amigo Virtual desta Comunidade.
Prometeu, em tempos, que por aqui passaria.
E cumpriu."
sol.sapo.pt/blogs/oserrano/archive/2007/09/23/Respingos-do-Douro

Infelizmente, com as mudanças de....tudo e mais alguma coisa, quer parecer-me que até isto mudou e hoje escrito ou honrado pela palavra deixou de ter qualquer sentido ou valor.

domingo, 30 de março de 2008

Egoísmo é....

O egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona.

Wikipédia


O Homem - um ser egoista
"O motor principal e fundamental no homem, bem como nos animais, é o egoísmo, ou seja, o impulso à existência e ao bem-estar. [...] Na verdade, tanto nos animais quanto nos seres humanos, o egoísmo chega a ser idêntico, pois em ambos une-se perfeitamente ao seu âmago e à sua essência. Desse modo, todas as acções dos homens e dos animais surgem, em regra, do egoísmo, e a ele também se atribui sempre a tentativa de explicar uma determinada acção. Nas suas acções baseia-se também, em geral, o cálculo de todos os meios pelos quais procura-se dirigir os seres humanos a um objectivo. Por natureza, o egoísmo é ilimitado: o homem quer conservar a sua existência utilizando qualquer meio ao seu alcance, quer ficar totalmente livre das dores que também incluem a falta e a privação, quer a maior quantidade possível de bem-estar e todo o prazer de que for capaz, e chega até mesmo a tentar desenvolver em si mesmo, quando possível, novas capacidades de deleite. Tudo o que se opõe ao ímpeto do seu egoísmo provoca o seu mau humor, a sua ira e o seu ódio: ele tentará aniquilá-lo como a um inimigo. Quer possivelmente desfrutar de tudo e possuir tudo; mas, como isso é impossível, quer, pelo menos, dominar tudo: 'Tudo para mim e nada para os outros' é o seu lema. O egoísmo é gigantesco: ele rege o mundo."
Arthur Schopenhauer, in 'A Arte de Insultar'


VALE A PENA PENSAR NISTO.....

"O egoísmo foi sempre o mal da sociedade e quanto maior tanto pior é a condição da sociedade."
Giacomo Leopardi

terça-feira, 25 de março de 2008

Envelhecimento

Exercício mental tem efeitos benéficos duradouros




Desde sempre que tenho a mania de guardar recortes, com artigos e notícias que me parecem ter algum interesse. À já algum tempo guardei este, retirado do Jornal "Solidariedade"


"Os exercícios mentais têm efeitos benéficos a longo prazo na actividade das pessoas idosas, mesmo quando iniciados numa fase tardia da vida, indica um estudo de investigadores norte-americanos (...)

Esta investigação que envolveu também as universidades do Estado da Pensolvânia e do Alabama, foi realizada entre 1998 e 2004 com cerca de 3000 norte americanos com idades entre os 65 e os 95 anos.

Os voluntários foram divididos em quatro grupos. A três deles, em sessões de uma hora, foi pedido que resolvessem problemas, memorizassem listas de palavras ou identificassem rapidamente informações num ecrã de computador. Ao quarto grupo, de controlo, não foi dado nenhum esxercício mental.

Mesmo cinco anos depois da experiência, as pessoas que fizeram os exercícios reconheceram terem sentido menos dificuldade na execução das suas tarefas diárias, desde a memorização de números de telefone a cálculos mentais simples.

Embora se desconheça se os exercícios teriam os mesmos efeitos se tivessem sido realizados em casa, outras investigações já indicaram que tarefas intelectuais como o preenchimento de palavras cruzadas ou a leitura podem ajudar oa idosos a manter a agilidade cerebral. Os investigadores, que já tinham publicado as conclusões do estudo referentes aos beneficios imediatos dos exercícios mentais para a vivacidade do espírito, ficaram surpreendidos ao constatarem que esses efeitos se mantinham passados cinco anos.




Estima-se que o declínio mental relacionado com a idade afecte 84 milhões de pessoas em todo o mundo em 2040"

É realmente importante manter activas todas as nossas capacidades fisicas e intelectuais, e para que isso aconteça apenas temos de nos "mexer". Quando digo mexer refiro-me a fazer exercício físico e a manter o nosso cérebro em actividade. Um pouco de leitura ou até mesmo alguns exercícios como as palavras cruzadas, sopas de letras, etc, podem ajudar-nos a manter o cérebro ocupado.

Para começar, deixo já aqui um pequeno exercício:
É muito simples, apenas tem de ler o que está escrito.
Este exercicio tem de ser realizado tipo cálculo, olha e lê de imediato.

Então?? O que achou?? Fácil??

domingo, 23 de março de 2008

O que os Centros de Convívio podem oferecer


Serviços e Actividades

Nos centros de convívio os utentes podem usufruir de diversos serviços e actividades dinamizadas pelo próprio centro ou em parceria com as Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais ou entidades particulares, tais como:


Ginástica geriátrica
Serviços de enfermagem
Lanches
Ateliers diversos (Arraiolos, tricot e crochet, artes decorativas, etc)
Alfabetização



Conjunto de actividades:


Visitas culturais
Passeios de um ou dois dias
Almoços de convívio
Festas e bailes
Sessões de leitura
Música (grupos corais)
Exposições
Torneios diversos (cartas, dominó, damas, malha, ………)
Teatro, etc


Para que estas acções tenham sucesso é necessário realizar um diagnóstico da população.


Os centros devem conhecer as preferências dos seus utentes para lhes poderem oferecer os serviços mais necessários e as actividades da sua preferência.
Isto, porque por norma, numa 1ª fase o idoso procura sempre desenvolver actividades da sua preferência, não estando muito disponível para aprender coisas novas, julga já ter aprendido tudo. Apenas quer comunicar com o outro, relaxar e divertir-se.
Numa 2ª fase surge o interesse por novos conhecimentos/actividades.
De início o idoso poderá não aceitar a actividade e nunca deverá ser obrigado a realizar algo que não pretende, ele tem de sentir que de facto a quer realizar, e aí sim, sente necessidade de obter mais conhecimentos.

terça-feira, 18 de março de 2008

Bruxelas investe nos idosos

No verão do ano passado li a seguinte noticia no Correio da Manhã:

"A comissária europeia para a política regional, Danuta Hubner, pediu aos Estados -membros da União Europeia para combaterem as alterações demográficas, nomeadamente o envelhecimento da população, uma prioridade dos programas que pretendam receber fundos no âmbito da politica de coesão.
Sublinhando que mais do que uma ameaça o envelhecimento da população europeia pode ser uma oportunidade. Hubner rejeirou porém a ideia de criar um fundo comunitário especifico para esse fim, por considerar que este é um problema transversal a todas as áreas."

"As alterações demográficas têm um impacto em todas as áreas da política pública: as finanças públicas são afectadas porque uma população envelhecida implica custos mais elevados com pensões e com a saúde e o trabalho é afectado porque se torna necessário manter as pessoas activas durante mais anos" sustentou Hubner durante a conferência "Respostas Regionais aos DEsafios Demográficos" que decorreu em Bruxelas"

Esta senhora sabe o que diz, deixou as dicas, mas pelos vistos em Potugal ninguém levou a sério.
E neste caso, os nossos idosos continuam a ser o principal problema para a sociedade.
A não ser que alguém perceba que ajudando os idosos também estará a ajudar os mais novos, que esta poderá ser uma oportunidade de criar postos de trabalho para os mais novos.
Criando empresas de apoio aos idosos será útil investir em pessoal dinâmico e com ideias novas, que consigam transmitir aos idosos alguma "frescura" e vontade de prosseguir a sua caminhada.
Não devemos esquecer que mesmo idosos têm direitos.






sexta-feira, 14 de março de 2008

Centros de convívio para idosos


O que são?

São centros a nível local, que pretendem apoiar o desenvolvimento de um conjunto de actividades sócio-recreativas e culturais, organizadas e dinamizadas com a participação activa dos idosos residentes numa determinada comunidade e que tenham preferencialmente 65 ou mais anos.
Constituem uma resposta social organizada em termos de equipamento.
Surgem em finais dos anos 60 (na mesma altura que os centro de dia), mas tal como a sua definição o indica, estão mais vocacionados para a animação e lazer dos idosos.


Objectivos


-Prevenir a solidão e o isolamento;
-Incentivar a participação e potenciar a inclusão social;
-Fomentar as relações interpessoais e intergeracionais;
-Contribuir para retardar ou evitar a institucionalização.


Como funcionam

Os centros de convívio devem criar respostas sociais para a população idosa e qualificar o serviço prestado através de um enquadramento técnico no planeamento das actividades. Devem estudar a população alvo e oferecer-lhes o que necessitam e o que realmente gostam.
Cada centro funciona da forma que entende ser a mais correcta, não fugindo às indicações dadas pela Segurança Social, sempre em prol do bem estar dos seus utentes.
O seu horário de funcionamento varia consoante as necessidades da comunidade, podem trabalhar de 2ª a 6ª feira apenas no período da tarde ou durante todo o dia. Nalguns casos funcionam também durante o fim de semana.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Envelhecimento da população portuguesa


"Em 2005 havia em Portugal 110 idosos por cada 100 habitantes com menos de 14 anos; em 2006 essa relação entre a população acima dos 64 anos e a população jovem passou a ser de 112 para 100.

O alentejo regista o envelhecimento mais acentuado (172 idosoa por cada 100 jovens). Seguem-se a Região Centro (142) e o Algarve (125), Nos Açores e na Madeira, pelo contrário esta proporção destaca-se por ser baixa (64 a 73, respectivamente).
No dia 31 de Dezembro de 2006 o número total de residentes foi estimado em 10.599.095 individuos, mais 29.503 que no final de 2005. As mulheres estão em maior número(são mais 339 mil que os homens). A taxa de natalidade (nados-vivos por mil habitantes) caiu para o "valormais reduzido dos últimos 15 anos", conclui o INE: 10 (em 2005 era de 10,4). Nasceram 105.351 crianças (menos 4106 que no ano anterior).

Crescimento moderado da população residente, aumento da longevidade e descida das taxas de natalidade, mortalidade e mortalidade infantil caracterizam, resume o Instituto Nacional de estatistica, o comportamento demográfico deste último ano."


Depois deste estudo que data de 2005, continuamos a assistir a um cruzar de braços, relativamente a infra-estruturas e apoios na área da terceira idade.

O nosso concelho não é diferente,pouco ou nada se tem feito numa área onde todo o apoio é pouco.

Para quando uma mudança? Será que após tantos anos de uma vida de trabalho os nossos idosos não têm direito a qualidade de vida?

terça-feira, 11 de março de 2008

Acção Social

A área do social é realmente muito vasta e com muitas vertentes, embora um pouco complicada, é uma área onde é impossivel trabalhar sózinha, os parceiros são fundamentais. Por vezes é dificil, nos tempos que correm levar as pessoas a dar um pouco de si, do seu tempo em prol de outros.
Quem quer trabalhar nesta área tens de estar muito consciente que é mesmo isso que quer, tem de estar preparado para as diversas contrariedades que muitas vezes surgem e muito importante saber trabalhar em grupo. Por vezes é dar um passo para a frente e dois para trás.
Esta é uma área com a qual me identifico realmente, estou feliz por ter tirado este curso.
Apenas me entristece o facto de os portugueses ainda não estarem completamente motivados para este tipo de trabalho e olharem muitas vezes para o trabalho social como uma caridade e não como um meio para integrar alguém dignamente no seio da sociedade.
Quando estamos a trabalhar num projecto, desejamos que esse seja um processo rápido, mas por vezes muitas portas se fecham e é necessário procurar outras saídas, o que torna a situação morosa e complicada para quem necessita de ajuda.
Todos nós como cidadãos temos o dever de ajudar quem mais precisa, não apenas no Natal, mas sempre.
O papel do técnico é primordial em qualquer situação, deste a mais simples à mais complexa e não nos devemos deixar intimidar por quem entende que estamos a fazer um trabalho inglório, porque quando o fazemos é com gosto e prazer.
Particularmente, estou empenhada num processo que devagarinho vai tendo os seus frutos, tenho alguns parceiros, mas ainda necessito de mais alguns. As contrariedades que surgem apenas me dão ainda mais vontade para continuar e tentar chegar a um porto seguro onde tenho a certeza iremos chegar.
Neste momento procuro um parceiro que tenha uma "casita" pequena ou um quarto que queira alugar, na Abrunheira ou muito próximo.
Espero poder encontrar rápidamente mais este parceiro, para poder ver um sorriso num rosto.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Respostas Sociais ...................

No final do meu curso, tinhamos de apresentar uma prova de aptidão, em que o tema tinha de estar de acordo com os temas estudados.
Um dos módulos estudados foi, Respostas Sociais na Área da 3ª idade, e foi precisamente este que escolhi, sendo que a resposta social escolhida foi:
- Centros de Convívio.
Escolhi esta resposta por ser aquela que estava directamente relacionada com a minha actividade profissional, deste modo, e através das várias pesquisas realizadas pude observar as carências existentes tanto a nivel concelhio como da freguesia, por outro lado, a importância que os centros de convívio assumem dentro da comunidade.
O que aqui apresento é o que preparei para a apresentação oral, no fundo os pontos mais importantes do trabalho.